Eu e meus primos...

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sexta-feira, 4 de abril de 2014

Vai, Messi!

Dobram, triplicam o preço dos ingressos, transformando o Maraca fake em um estádio de brancos e depois me aparecem com uma faixa dizendo alma não tem cor. Não sei se choro, se rio ou se danço um tango e torço pro Messi na copa....

Além do mar de placas que não permite às 15 primeiras fileiras atrás do gol a visão deste detalhe irrelevante que é a linha do gol, o Maraca fake de 1,2 bi inova mais uma vez. Colocaram duas faixas bem ao lado das redes impedindo a visão dafamosa "a nega tá lá dentro". Queria parabenizar o gênio publicitário capaz de me despertar um nojo crescente pelo futebol brasileiro profissional. Por ironia, as faixas são de um curso de inglês. É que na liga americana eles não fazem isso. Viva o fut-capital selvagem.

Acabaram até com os gandulas, agora são uns marmanjos sem graça, decerto utilizados para que possam vestir as camisas com as logos dos patrocinadores. É impressionante a fúria publicitária que toma conta do Maraca fake: é o telão, é o gramado, as redes, sem falar nas horrendas (apesar de existentes há décadas) propagandas nas camisas em que o escudo do clube parece ser apenas uma logo de menor expressão.

Outro dia, voltando de um compromisso, caminhava despreocupado pelo calçadão da praia de Ipanema. Naquele horário, há muitas escolinhas, sobretudo de vôlei e de futebol. Em todas elas, eu disse todas, as camisas que as crianças, jovens e até as que o pessoal de meia idade vestia havia logomarcas.

Em breve as empresas irão oferecer tatuagens corporativas, remunerando o uso da pele, obviamente. É só o que falta para marcar este admirável gado novo que somos nós. Será a vitória a ferro e fogo do capitalismo global.

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